Aprovado concurso para reconversão de matadouro em edifício tecnológico em Viana do Castelo

O procedimento concursal, com valor base de 3,226 milhões de euros, tem por objetivo concretizar o projeto "Viana STARTS". Trata-se de criar um "centro de inovação internacional" instalado num edifício "inteligente", que será o primeiro em Portugal totalmente alimentado a hidrogénio.

"É uma das ações mais significativas na história de Viana do Castelo", considerou esta terça-feira o presidente da Câmara, Luís Nobre, referindo que aquele projeto "vai concretizar uma mudança sobre o que foi a função de um equipamento [matadouro], que teve o seu tempo e a sua relevância". E cuja "refuncionalização" pretende ser agora, no âmbito do European Bauhaus, "um projeto-modelo, não só local, mas também para ser disseminado pela Europa e por outras cidades do Mundo".

"Temos grandes expectativas neste processo de transformação de um espaço e de uma nova envolvente, que marque também uma nova página de Viana do Castelo", acrescentou.

Está em causa o projeto de reabilitação e reconversão do antigo Matadouro Municipal no edifício do "Viana STARTS", um projeto de seis milhões de euros que obteve um financiamento de cerca de cinco milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). E que vai "utilizar um conjunto de soluções inovadoras de eficiência energética e hídrica, baixo teor de carbono e economia circular".

Segundo informação divulgada pela autarquia, o edifício irá ter "elevada eficiência energética, prevendo-se que o excesso de energia renovável obtida num sistema híbrido fotovoltaico e eólico seja armazenada num sistema a hidrogénio, pioneiro a nível nacional em edifícios públicos".

A futura construção acolherá "um laboratório criativo e comunitário", baseado no conceito "Ciência + Tecnologia + Arte". A obra deverá estar concluída até ao final de 2026.