O empreiteiro da obra de construção da Linha Rosa do metro do Porto, entre a Casa da Música e S. Bento, apresentou nova solução já aprovada pela Metro. A empresa garante que este plano assegura conclusão dos trabalhos em julho do próximo ano.
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Está aprovada uma "atualização do plano de trabalhos" para a construção da Linha Rosa do metro entre a Casa da Música e S. Bento, no Porto. A solução apresentada pelo empreiteiro aponta como data de conclusão da obra, "incluindo a pré-operação, a marcha em vazio, o final do mês de julho do próximo ano" garantiu o presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, em entrevista à Antena 1.
"À medida que a obra vai avançado, os riscos de incumprimento vão diminuindo, porque a incerteza também vai diminuindo", observou Tiago Braga.
Mas quando questionado sobre o porquê de a comissão criada pela Assembleia Municipal do Porto para acompanhar as obras ter apontado, em abril, dois anos de atraso, o presidente da Metro (que diz manter contacto com o grupo e estar prevista uma visita às obras para breve) respondeu: "Pois, mas não soma dois anos de atraso".
"Estamos a falar de uma empreitada com 42 meses de contrato, que foi consignada no dia 16 de março de 2021. Se nós acrescentarmos aos 42 meses os dois anos de atraso, significava que a obra estaria concluída em final de 2026 ou para lá de 2027, inclusivamente. O prazo a que o empreiteiro se compromete a concluir é julho de 2025", insiste, recordando tratar-se de um projeto "muito complexo" e que avançou "num contexto muito difícil". E, como se não bastasse, "num solo com um perfil muito heterogéneo".
Entre essas adversidades esteve também o necessário desvio do Rio da Vila. "Já está feito. Estamos a finalizar a ligação ao rio pré-existente", revelou.
Sobre as críticas do presidente da Assembleia Municipal do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, falando em falta de informação aos cidadãos, Tiago Braga: "A Metro do Porto tem feito um esforço em todas as suas obras, até junto dos meios de comunicação social, de divulgar informação. Temos uma equipa todos os dias no terreno a falar com os comerciantes".
O presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto garante existir também diálogo com o Município. "Semanalmente, há reuniões entre as equipas técnicas. Quinzenalmente, há reuniões onde eu próprio estou presente com representantes do Executivo", garante, admitindo "entender as críticas" feitas tanto pelo autarca Rui Moreira como por Sebastião Feyo de Azevedo.
"Apesar de todas as dificuldades, diria que temos obra feita. Já mostrámos que somos competentes para fazer obra", nota.
A saber
Polémica das estações
A estação de metrobus em frente à Casa da Música "não tira brilho ao edifício", diz Tiago Braga. A autoria é do arquiteto Camilo Cortesão.
Na Marechal Gomes da Costa
O objetivo sempre foi que Álvaro Siza desenhasse as estações da Marechal pela proximidade a Serralves, explicou o presidente do Conselho de Administração da Metro.
Nova ponte em 2026
"Estamos totalmente comprometidos para garantir o arranque da operação comercial da Linha Rubi até ao final de 2026", assegura.