<p>A Câmara de Valongo aprovou, ontem, com a abstenção do PS e votos contra do movimento Coragem de Mudar, o Orçamento e Grandes Opções do Plano para este ano. O documento prevê 87,5 milhões de receitas, um valor que Arnaldo Soares, vereador das Finanças, considera realista.</p>
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"A maior parte das receitas destinadas às escolas - que já estão em obra - só serão realizadas este ano. Por outro lado, temos boas expectativas para as zonas industriais de Campo e de Alfena. Há investidores interessados e fortes possibilidades de ali obtermos receitas. Mas este é um orçamento de contenção", referiu, ao JN, Arnaldo Soares.
No entanto, para Afonso Lobão, vereador socialista, o documento "é uma desilusão", pois "trata-se da continuidade, pura e simples, das políticas municipais anteriores". "Não há uma visão de futuro adequada às necessidades do concelho", argumentou.
Justificando a abstenção, o PS referiu que se trata do "primeiro ano de mandato de um novo Executivo e com uma nova composição". O PS recomendou, no entanto, a "elaboração imediata de um Plano de Saneamento Financeiro da Autarquia".
Por seu lado, Maria José Azevedo, do Coragem de Mudar, considerou o documento "pobre, pois não se vislumbra nele sentido estratégico, realismo e ambição". "Como é possível acreditar num Orçamento que prevê, em ano de crise e de contenção, receitas de quase 90 milhões de euros, quando, na realidade, nos últimos anos, a capacidade de gerar receita nem sequer atingiu os 40 milhões?", questionou a vereadora
Para o Coragem de Mudar "todos os que viabilizaram este Orçamento são igualmente responsáveis pelas consequências, actuais e futuras, resultantes da sua aprovação".