Promete ser um espetáculo que se prolongará por três anos. A construção da nova ponte do metro, entre o Porto e Gaia, obrigará à utilização de equipamento e pessoal especializado, num trabalho de seis dias por semana. A previsão do presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, é a de que os trabalhos arranquem entre o final de outubro e início de novembro e a empreitada esteja concluída no primeiro semestre de 2026.
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O projeto é conhecido por todos, mas falta batizar a travessia. Por isso, mantém-se aberta até ao dia 5 de maio a votação para a escolha de um nome, através do site do JN. A iniciativa é das câmaras do Porto e de Gaia, do Ministério do Ambiente, que tutela a Metro do Porto, e do "Jornal de Notícias".
O grande desafio será mesmo construir a travessia, admite o engenheiro Filipe Vasques, do Laboratório Edgar Cardoso, que em consórcio com o gabinete de arquitetura NOARQ e o grupo Arenas & Associados, assina esta travessia. A infraestrutura será branca e servirá a futura Linha Rubi do metro, entre a Casa da Música e Santo Ovídio.
"O processo não é particularmente fácil", nota. Vai desenvolver-se a partir dos pilares principais: na Rua do Ouro, no Porto, e atrás do Cais do Lugan, em Gaia. É nessa altura que o tabuleiro começará a ganhar forma.
"Primeiro são construídas as fundações. Os pilares são elevados, depois o tabuleiro começa a nascer e vai avançando em consola", explica Filipe Vasques, dando nota de que no rio serão instalados dois apoios provisórios para formar o arco.
Ao mesmo tempo, o arco e os "pés inclinados" da ponte "vão nascendo e projetando-se em direção ao tal pilar provisório" que assentará num dos apoios no rio. Durante todo o processo, o trânsito na Rua do Ouro poderá circular normalmente, reforça Filipe Vasques.
Arco fecha primeiro
"Quando a estrutura chega ao pilar provisório, o arco continua a progredir e depois há uma estrutura metálica que une provisoriamente o tabuleiro e o arco. Forma ali uma espécie de passadiço que serve para fins construtivos para dar acesso, depois, à parte central do tabuleiro", clarifica.
"Já acima dos pilares provisórios, são colocadas umas peças metálicas bastante altas de onde vão sendo lançados cabos de aço que permitem suspender os segmentos, quer do arco, quer do tabuleiro, à medida que estes vão avançando para o centro do rio. O arco fecha e depois o tabuleiro é construído para trás, na zona onde tínhamos o tal passadiço, tanto para o Porto como para Gaia", conclui.
Vamos dar nome à nova ponte
Quais os nomes que posso escolher?
Há seis nomes à escolha: Ponte da Boa Viagem, Ponte Douro, Ponte da Ferreirinha, Ponte da Boa Passagem, Ponte da União e, por fim, Ponte Engenheiro Joaquim Sarmento. A votação já arrancou, através do site do "Jornal de Notícias", e decorre durante 30 dias.
Como foram escolhidos?
Foi uma Comissão de Seleção, constituída pelos historiadores Amândio Barros e Hélder Pacheco, o jornalista e investigador do Património Germano Silva, o engenheiro civil Humberto Varum e o músico Rui Veloso quem selecionou os nomes que estão agora a votação.
O que preciso de fazer para votar?
A votação é acessível através de www.jn.pt. O site do "Jornal de Notícias" irá reencaminhar o leitor para o portal "Participa", do Ministério do Ambiente, que tutela a Metro do Porto. Caso já esteja registado no portal onde estão disponíveis todas as consultas públicas, basta votar num dos seis nomes que estarão em votação até ao próximo dia 5 de maio.
Mais informação em www.jn.pt