O festival “Arcos Fado Fest”, em Arcos de Valdevez, vai abrir na sexta-feira com um concerto do fadista Camané. Lenita Gentil, FF, Filipa Cardoso e Marco Rodrigues atuam no sábado. E, no domingo, há Rouxinol Faduncho e a gravação do programa “Na Casa d’Amália”, da RTP.
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Com curadoria do fadista Marco Rodrigues, que tem raízes na região, o evento cumprirá a sua segunda edição, com mais um dia do que em 2024 e com a missão de levar à vila minhota o ambiente das casas de fado típicas de Lisboa. A programação contempla, além de artistas conhecidos do público, fados em restaurantes locais, show-case de fado na zona urbana, atuações de novos talentos, e festas "after" com música de fusão com fado. Em simultâneo e de forma complementar, decorrerá outro evento, o Festivinhão, dedicado aos vinhos da região.
“A primeira edição foi um sucesso. Tivemos cerca de 15 mil pessoas em dois dias. E, este ano, porque percebemos que era um festival que funcionava e a que as pessoas aderiram, conseguimos alargar para três dias”, afirmou ao JN Marco Rodrigues, referindo que, nesta edição, foi mantida “uma das coisas que melhor funcionou e de que as pessoas gostaram muito, para além dos concertos no palco principal, que foi o circuito das casas de fado”.
Espaço para novos talentos
“Durante dois dias, ao almoço e ao jantar, as pessoas podem estar a almoçar ou jantar em Arcos de Valdevez e ter um fadista e dois guitarristas a entrar no restaurante, e fazer uma pequena amostra do que é o ambiente de uma casa de fado”, descreveu o músico, notando ainda que o festival terá dois palcos e dará “espaço para novos talentos”. “Uma das coisas que quero manter sempre é poder abrir espaço para que as pessoas de Arcos de Valdevez que também são apaixonadas pelo fado, sejam músicos, sejam fadistas, possam ter sempre neste festival um espaço para mostrar a sua música, para evoluir e para apresentar coisas novas”, indicou.
Sobre o cartaz, o fadista, curador do “Arcos Fado Fest”, manifestou satisfação por poder incluir Camané no alinhamento. “Já na primeira edição gostava de o ter trazido, mas por uma questão de datas não foi possível. Vai trazer muita gente. Há uma grande ansiedade gigante das pessoas em Arcos de Valdevez para assistir ao vivo ao um concerto do Camané”, comentou, destacando também o espetáculo “O Fado, a Canção e a Revista”, com Lenita Gentil, FF e Filipa Cardoso. “Foi produzido pelo Tiago Machado e por mim. Seguramente as pessoas vão ficar com ele na memória, até porque só vai acontecer em Arcos de Valdevez. Foi preparado para este festival e é muito bonito. É um bocadinho um apanhado do que é a cultura musical portuguesa”, contou.
Para domingo, às 21.30 horas, está prevista a gravação ao vivo, no Jardim dos Centenários, do programa “Na Casa d’Amália”, que, segundo Marco Rodrigues, apenas “esteve uma vez num festival de fado, que foi no Caixa Alfama, o maior do país”. Mas antes, no mesmo local, cerca das 18 horas, o Rouxinol Faduncho protagonizará o último concerto da edição.
Filho de Carlos Rodrigues, músico e artista popular de Arcos de Valdevez, conhecido como tocador e cantador ao desafio, Marco mostra-se radiante com o evento que se aproxima: “Estou muito motivado, muito feliz e orgulhoso, porque tenho a certeza que será um sucesso. O fado vai morar em Arcos de Valdevez e já se respira isso.”