Espaço museológico do diplomata que salvou milhares de judeus vai custar 2,8 milhões de euros e abre no final do próximo ano.
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O museu dedicado a Aristides de Sousa Mendes, o antigo cônsul de Bordéus, em França, que salvou milhares de judeus do holocausto nazi, deverá abrir portas no final do próximo ano.
O espaço museológico irá nascer na Casa do Passal, onde viveu o antigo cônsul, em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal. O projeto vai custar 2,8 milhões de euros e resulta de uma parceria entre o município de onde era natural o ex-diplomata, a Direção Regional de Cultura do Centro e a Fundação Aristides de Sousa Mendes, assinada este domingo na Câmara de Carregal do Sal, onde foi apresentado o plano do museu, com a presença do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
Após a requalificação do exterior do imóvel, que durante anos se encontrou em ruínas, está já em obras o interior da casa senhorial, seguindo-se depois o arranjo dos espaços exteriores.
"O museu vai contar toda a história de Aristides de Sousa Mendes desde que começou como cônsul em Curitiba, no Brasil. O foco será o seu trabalho em Bordéus em que salvou 30 mil pessoas da morte", explicou Paulo Catalino, presidente da Câmara de Carregal do Sal.
A autarquia será a responsável pelo futuro museu, cujos conteúdos serão definidos pela professora universitária Cláudia Ninhos e por Avraham Milgram, que está ligado à criação do Museu do Holocausto, em Israel.