A antiga Escola Preparatória do Cerco, que tinha sido selada no dia 25, foi foco de uma intervenção por parte da Câmara do Porto, na manhã desta segunda-feira, para limpeza do espaço, que era utilizado para consumo e tráfico de estupefacientes. Pessoas que lá dormiam estão a ser acompanhadas.
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Rui Moreira, presidente da Câmara, explicou que, além da retirada do "material perigoso que lá havia, como seringas e outros objetos ensanguentados", também está a ser feito o acompanhamento das pessoas que pernoitavam nas ruínas da escola, através das equipas de rua especializadas, enviadas pela Câmara.
Até ao momento, foram identificados três toxicodependentes a viver nas instalações. Um desses casos foi sinalizado e está a ser vigiado pelo Centro de Respostas Integradas.
O autarca salienta que, apesar da intervenção, nenhum edifício será demolido. "Não iremos demolir os restos dos edifícios que lá estão. Não nos foi solicitado e não podemos fazê-lo", sublinhou o autarca, depois da cerimónia de assinatura dos contratos com os agrupamentos de escolas da cidade, no âmbito da delegação de competências.
"Para já, o espaço vai ficar limpo, mais seguro e as pessoas que lá estão, que naturalmente também têm os seus direitos, vão ser acompanhadas na medida do possível pelas nossas equipas de rua", concluiu o Presidente da autarquia.
O Ministério da Educação, que já tinha sido notificado da situação na antiga escola, pediu apoio à Autarquia, que assumiu a responsabilidade pela limpeza do espaço. O edifício é composto por três blocos que, no seu todo, ocupam cerca de oito mil metros quadrados.