Artesanato em Vila do Conde: menos vendas, mas ainda "a melhor feira do país"
Artesanato esteve em destaque em Vila do Conde. Certame terminou hoje e, em 15 dias, recebeu mais de 400 mil visitantes e artífices de todo o país.
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“A qualidade do artesanato, o convívio com os artesãos, a adesão das pessoas…é fantástica!”, atira Carlos Alberto Alves, abrindo o sorriso. Aos 65 anos, o artesão de Estremoz é estreante na Feira Nacional de Artesanato (FNA) de Vila do Conde. Ficou “cliente”. Muita gente, vendas q.b., uma organização “impecável”. A 45.ª FNA terminou ontem. Mais de 400 mil pessoas passaram pelo recinto e quem lá expõe continua a dizer “que é a melhor do país”.
“Tem andado aí bastante pessoal. Não é como era há dez anos. Nota-se que o pessoal tem menos dinheiro, mas não me posso queixar”, diz Henrique Pereira. O artesão de Paços de Ferreira era entalhador. Há 14 anos reformou-se. Decidiu dedicar-se ao artesanato. Faz oratórios, suportes de bíblias, caminhas, capelinhas e outras peças decorativas. Tudo em madeira trabalhada. Em cada peça, as folhas, os crivos, o xadrez. Henrique faz parte do grupo de artesãos que, na FNA, trabalha ao vivo. Quem vê pára, pergunta, aprecia. O entalhador responde a tudo. Há 14 anos que, por esta altura, vem, ano após ano, a Vila do Conde. Não se arrepende. É quase sempre sinónimo de boas vendas e muita gente.