Com as festas de Santo António e São João transformados já em memórias, chegou a hora de S. Pedro animar o povo. Na Póvoa de Varzim, o santo pescador é levado muito a sério. A noitada de sexta para sábado promete levar milhares à rua.
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“É uma felicidade enorme e um orgulho em representar o meu bairro!”, diz Daniela Vareiro, sorrindo. Tem 18 anos. Soma 16 a desfilar na rusga do Regufe, um dos seis bairros que, na Póvoa de Varzim, fazem as festas de S. Pedro. Ali, o santo pescador é levado muito a sério: cada bairro tem rusgas, claques, tronos, sardinhas, fogueiras e a porta aberta para receber. Mudam as cores, mantém-se a alma bairrista, a rivalidade e o cunho popular da festa, que a tornam única.
“Está quase tudo pronto!”, conta Íris Silva. Aos 18 anos também ela leva 16 na Matriz. Desde setembro que, em casa ao serão, os livros da escola se misturam com linhas, pedras e brilhantes. Avental e blusa são feitos à mão. Um trabalho de paciência e milhares de euros “investidos”, numa roupa que, todos os anos, é “completamente nova” e, no final, “se guarda como um filho”. São elas, as tricanas, as rainhas da festa.