Dois deputados municipais eleitos pelo Partido Socialista juntaram-se à Oposição, liderada pela CDU, e chumbaram o orçamento da Câmara Municipal de Barrancos para 2021.
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A Assembleia Municipal de Barrancos (AMB), reunida durante a tarde deste sábado, rejeitou em reunião ordinária os documentos previsionais de contas de 2021 (orçamento e planos) no valor de cerca de 6,5 milhões de euros, apresentados pela Câmara Municipal de Barrancos (CMB).
Segundo revelou o blogue "estado de Barrancos" (eB), o documento obteve apenas seis votos, de oito elementos do PS presentes, e oito votos contra (cinco da CDU, um do CDS/PP-PSD e dois do PS). Segundo confirmou o eB, esta é a primeira vez na história do poder local democrático que a Câmara Municipal de Barrancos vê o seu orçamento rejeitado pela Assembleia Municipal.
Ao Executivo presidido pelo socialista João Serranito Nunes, restam duas opções. Reformular o documento e apresentar novo orçamento à AMB; ou (re)aprovar novamente o mesmo documento, submetendo-o um segunda vez à AMB, naquilo que será entendido como "um confronto interno entre socialistas". Entretanto, até à aprovação do orçamento de 2021, mantém-se em vigor o orçamento de 2020, funcionando a edilidade barranquenha com duodécimos.
Desde o 25 de abril de 1974, João Serranito Nunes é o sexto presidente da Câmara Municipal de Barrancos, tendo sido eleito nas Autárquicas de 1 de outubro de 2017. É o segundo socialista a liderar a edilidade raiana, o outro foi Nelson Brejano que presidiu à autarquia entre 1 de janeiro de 2002 e 22 de outubro de 2005, dos restantes quatro, José Gomes Escoval liderou a Comissão Administrativa e os outros três foram eleitos nas listas comunistas (FEPU ou CDU), Carlos Durão, António Guerra e António Tereno.