Está adjudicada a obra de dragagem e prolongamento do quebra-mar do Porto de Leixões, em Matosinhos. O contrato de empreitada foi assinado nesta terça-feira entre a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e o consórcio formado pelas empresas Teixeira Duarte, Tecnovia e Dredging.
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O processo segue agora para validação no Tribunal de Contas, esperando a administração portuária avançar com a consignação em fevereiro. Num investimento de 147 milhões de euros, o projeto permitirá aumentar a segurança das manobras na entrada e saída de navios, bem como atracar embarcações de maior dimensão em Leixões.
Inicialmente prevista para março deste ano, a adjudicação foi adiada até à conclusão do estudo de impacte ambiental da reconversão do terminal de multiusos. Esta era uma das reivindicações do grupo de trabalho constituído para acompanhar a obra, do qual fazem parte as Autarquias do Porto e Matosinhos. Outro dos pedidos era o estudo conjunto do impacto de todos os investimentos em carteira para a estrutura portuária - ampliação do quebra-mar, dragagem e reconversão do terminal multiusos.
Nuno Araújo, presidente do Conselho de Administração da APDL, garante que "a avaliação estratégica ambiental dos três investimentos cumulativos foi feita e concluiu que não há impactos cumulativos".
"No grupo de acompanhamento escrutinamos cada uma das medidas que estavam na declaração de impacte ambiental e alguns estudos complementares foram sendo feitos, na lógica de redundar [o que já tinha sido feito]. Ou seja, foi preciso numa ou noutra matéria verificar alguns temas e algumas das dúvidas que existiam [no seio do grupo de trabalho]", referiu.
A necessidade de aumentar o molhe de Leixões foi identificada há cerca de dez anos. Após a ampliação do paredão, a estrutura portuária terá capacidade para receber 70% da frota mundial. Os trabalhos trarão ainda ganhos ambientais, até porque os "navios mais recentes são mais eficientes".
"Os navios que nos visitam são cada vez maiores. É um sinal do que está a acontecer na indústria. Os armadores não querem ter navios de pequena dimensão, até porque têm ganhos de escala associados à operação", disse Nuno Araújo.
A ampliação do paredão de Leixões recebeu um parecer favorável condicionado da Agência Portuguesa do Ambiente. Entre outras coisas, a APDL teria de realizar um estudo socioeconómico sobre o impacto da obra nos desportos de ondas. O trabalho, adjudicado à Universidade Católica, está em curso. Para janeiro, está já agendada uma reunião, sendo que a academia vai auscultar várias entidades, entre as quais os municípios, os surfistas e o setor da restauração.
Em paralelo, a APDL tem reunião mensalmente com as escolas de surf "para ir acompanhando e discutindo os problemas". "Manifestamos esta vontade que já tínhamos no passado de ir acompanhando e encontrando soluções, antecipando que possa acontecer alguma coisa na diminuição da onda", adiantou Nuno Araújo.
Está adjudicada a obra de dragagem e prolongamento do quebra-mar do Porto de Leixões, em Matosinhos. O contrato de empreitada foi assinado ontem entre a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e o consórcio formado pelas empresas Teixeira Duarte, Tecnovia e Dredging. O processo segue agora para validação no Tribunal de Contas, esperando a administração portuária avançar com a consignação em fevereiro. Num investimento de 147 milhões de euros, o projeto permitirá aumentar a segurança das manobras na entrada e saída de navios, bem como atracar embarcações de maior dimensão em Leixões.
Inicialmente prevista para março deste ano, a adjudicação foi adiada até à conclusão do estudo de impacte ambiental da reconversão do terminal de multiusos. Esta era uma das reivindicações do grupo de trabalho constituído para acompanhar a obra, do qual fazem parte as Autarquias do Porto e Matosinhos. Outro dos pedidos era o estudo conjunto do impacto de todos os investimentos em carteira para a estrutura portuária - ampliação do quebra-mar, dragagem e reconversão do terminal multiusos.
Nuno Araújo, presidente do Conselho de Administração da APDL, garante que "a avaliação estratégica ambiental dos três investimentos cumulativos foi feita e concluiu que não há impactos cumulativos".
"No grupo de acompanhamento escrutinamos cada uma das medidas que estavam na declaração de impacte ambiental e alguns estudos complementares foram sendo feitos, na lógica de redundar [o que já tinha sido feito]. Ou seja, foi preciso numa ou noutra matéria verificar alguns temas e algumas das dúvidas que existiam [no seio do grupo de trabalho]", referiu.
A necessidade de aumentar o molhe de Leixões foi identificada há cerca de dez anos. Após a ampliação do paredão, a estrutura portuária terá capacidade para receber 70% da frota mundial. Os trabalhos trarão ainda ganhos ambientais, até porque os "navios mais recentes são mais eficientes".
"Os navios que nos visitam são cada vez maiores. É um sinal do que está a acontecer na indústria. Os armadores não querem ter navios de pequena dimensão, até porque têm ganhos de escala associados à operação", disse Nuno Araújo.
A ampliação do paredão de Leixões recebeu um parecer favorável condicionado da Agência Portuguesa do Ambiente. Entre outras coisas, a APDL teria de realizar um estudo socioeconómico sobre o impacto da obra nos desportos de ondas. O trabalho, adjudicado à Universidade Católica, está em curso. Para janeiro, está já agendada uma reunião, sendo que a academia vai auscultar várias entidades, entre as quais os municípios, os surfistas e o setor da restauração.
Em paralelo, a APDL tem reunido mensalmente com as escolas de surf "para ir acompanhando e discutindo os problemas". "Manifestamos esta vontade que já tínhamos no passado de ir acompanhando e encontrando soluções, antecipando que possa acontecer alguma coisa na diminuição da onda", adiantou Nuno Araújo.
"Todos os participantes do Grupo de Acompanhamento da empreitada de prolongamento do quebra-mar do porto de Leixões tinham conhecimento dos timmings previstos, ou seja, todos sabiam que depois de publicada a Declaração de Impacto Ambiental - que deu resposta às questões mais relevantes que saíram do processo de discussão pública - o passo seguinte seria o da adjudicação da empreitada. Está portanto, tudo a decorrer como o previsto", referiu, por sua vez, a Câmara de Matosinhos.
