Foi colocado esta quarta-feira à tarde, na Torreira, um ramo de flores para assinalar a passagem de meio ano após o desaparecimento de Mónica Silva, de 33 anos, grávida com sete meses e meio de gestação, um mistério que continua por esclarecer na Murtosa.
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João Valente, que tem capitaneado as buscas populares para tentar encontrar Mónica Silva, foi o promotor desta iniciativa, nas imediações do apartamento na Torreira onde as autoridades admitem que a grávida possa ter sido assassinada.
Falando em nome de Filomena Silva, a tia da desaparecida, que tem sido o rosto das buscas, João Valente, um cidadão de Mira envolvido desde a primeira hora no apoio aos familiares da vítima, explicou ao JN que não vão desistir de encontrar Mónica.
Mónica Alexandra de Oliveira e Silva, de 33 anos, mãe de dois rapazes, de 14 e 11 anos, está desaparecida desde a noite de 3 de outubro de 2023, quando saiu de casa para tomar café, telefonando depois ao filho mais velho dizendo que não demoraria.
A Polícia Judiciária de Aveiro assumiu as investigações uma semana após o desaparecimento, tendo detido o principal suspeito, Fernando Valente, de 39 anos, residente na Murtosa, que manteria uma relação amorosa com a vítima, mas que já negou o seu envolvimento.
Fernando Valente está em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, num dos seus apartamentos em Pedroso, Vila Nova de Gaia, desde 2 de dezembro de 2023, já depois de prisão preventiva aplicada a 18 de novembro de 2023, na Cadeia de Aveiro.
Indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e aborto agravado, Fernando Manuel Tavares Valente, ainda antes de detido, deu entrevistas a vários órgãos de comunicação social desmentindo qualquer envolvimento na situação.