Associação Académica reabre espaço dos grupos culturais fechado após homicídio à porta do Bar Académico
A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) reabre esta terça-feira a ala do edifício do Bar Académico (BA) que é destinada à dinamização da atividade dos Grupos Culturais da Universidade, sita no rés do chão do edifício da AAUMinho, na Rua D. Pedro V, em Braga.
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Em comunicado, o presidente da Direção, Luís Guedes, diz que o espaço - fechado em abril após uma rixa que resultou na morte de um jovem de 19 anos, frequentador do BA - acolhe, atualmente, dez grupos culturais compostos por alunos e antigos alunos da instituição: “tem mais de três décadas de história ligada à vida académica e cultural da UMinho”, anota.
O dirigente associativo salienta que, no dia-a-dia, estes grupos, com centenas de membros, “ensaiam, criam, e animam a Academia e a cidade, representando a UMinho em palcos dentro e fora de Braga, carregando o seu nome para todos os cantos do país, e também Europa e pelo mundo”.
Sublinha que a sua atividade vai desde as tunas até à percussão, do folclore à sátira, poesia e ainda música popular, alguns deles com atividade desde os anos 80.
E acentua: “Estes grupos têm um papel essencial na integração dos estudantes, na valorização do espírito académico e na produção cultural da cidade e da região minhota”.
O presidente da Associação assinala que a decisão de reabrir o espaço foi tomada “em articulação com os Grupos Culturais, com a Reitoria e com o Comando Distrital da PSP” e sublinha que, assim, acabam as dificuldades dos grupos culturais que se viram obrigados a encontrar outros espaços para poderem trabalhar.
Recorde-se que, a 12 de abril, Manuel de Oliveira Gonçalves, conhecido como “Manu”, de 19 anos, aluno do 12.º ano da Escola Secundária Dona Maria II, em Braga, foi assassinado, com várias facadas, à porta do BA, na sequência de uma rixa, ocorrida dentro e fora do bar, entre dois grupos, ambos constituídos por jovens com nacionalidades brasileira e portuguesa.
O alegado autor do crime, um imigrante brasileiro de 27 anos, foi detido, dias depois, pela PJ e está em prisão preventiva.