Associação de Bares lança petição para restringir ou proibir consumo de álcool na rua

Em causa está o fenómeno do botelhão que, segundo a associação, "é diretamente causador de muitos problemas, nomeadamente o ruído, a falta de higiene, o lixo e a insegurança".

"Além disso, o fenómeno tem contribuído para a criminalidade, gerando situações de confronto físico e verbal, para o consumo de bebidas alcoólicas por menores nas zonas de presença de espaços de animação noturna, e para o vandalismo, afetando o direito ao descanso da comunidade residente", sublinha o texto da petição, alertando ainda que o botelhão "propicia a existência de tráfico de droga, facto agravado com a actual situação que se vive" nas zonas de bares e discotecas.

A "concorrência desleal" (o álcool consumido nas zonas dos bares é muitas vezes comprado previamente em lojas e supermercados) é outros dos problemas que o botelhão acarreta, continua a Associação de Bares.

A proibição de consumo de álcool na via pública só pode ser determinada por via legislativa, pelo que a petição é endereçada ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

Com o regulamento da movida, a Câmara do Porto também tentou pôr cobro ao fenómeno do botelhão, impondo limites horários mais apertados para a venda de álcool para a via pública por parte dos estabelecimentos de animação noturna e das lojas de conveniência.