Perto de uma centena de jovens com dificuldades financeiras ou sociais estão, por estes dias na Costa da Caparica, integradas na colónia de Maximinos, de Braga, que se realiza desde 1979 e é para continuar. “Quando já não houver crianças necessitadas, a colónia de férias deixa de fazer sentido”, diz o fundador.
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Nos últimos dias, a azáfama na freguesia de Maximinos, em Braga, era diferente do habitual. Denunciavam-no as camionetas na berma, a panóplia de carros aqui e ali e a folia que se fazia ouvir desde os grandes portões verdes do Colégio São Caetano. Foi neste ponto de referência da cidade que se juntaram os 80 jovens, respetivos tutores, e mais de 40 voluntários envolvidos numa nova edição da Colónia de Férias de Maximinos, que decorrerá até dia 23 na Costa da Caparica, Almada.
O evento não é novo. É, aliás, bem conhecido e acolhido pela comunidade local. Esta colónia de férias de cariz social ocorreu pela primeira vez em 1979, quando o irmão Joaquim, observando uma série de crianças que brincavam na rua todos os dias, pensou que, talvez, não teriam possibilidade de fazer umas férias, de conhecer o mar, de brincar longe de casa. Por isso, proporcionou-as. E assim tem sido ao longo de 44 anos – apenas com interrupção no ano da pandemia de Covid-19. Quem o assegura é o próprio fundador da atividade, o irmão Joaquim Ferreira. “Quando já não houver crianças necessitadas, a colónia de férias deixa de fazer sentido.” Até lá, continuará.