Associação quer atrair novos habitantes para uma aldeia de Alfândega da Fé, já a partir do próximo ano.
Corpo do artigo
A partir do próximo ano, o movimento para repovoar o interior a Associação para a Regeneração, Desenvolvimento e Governança das Economias Locais (iLocal-Inteligência Local), que está a promover as segundas Jornadas na Aldeia em Vilares da Vilariça, no concelho de Alfandega da Fé, espera que pelo menos 15 pessoas se instalem nesta freguesia e que sejam criados cinco negócios para trabalharem a partir dali.
Até ao dia 12 de novembro decorrem as Jornadas na Aldeia, com o tema do Empreendedorismo Regenerativo, cujo programa imersivo conta com 35 participantes de todo o país que se inscreveram “porque procuram uma vida mais humana e sustentável e têm como objetivo viver aqui. Foram escolhidas no universo de mais de 60, através de uma avaliação por terem um perfil mais indicado”, explicou Filipe Jeremias, um dos dinamizadores do projeto.
A iLocal promove um diagnóstico do território e a capacitação dos participantes para poderem apostar em negócios “que são uma resposta às necessidades e às oportunidades do Baixo Sabor, por exemplo projetos educativos, programação cultural e artística, saúde e bem-estar, energia ou turismo”, acrescentou Filipe Jeremias.
A Associação, fundada no ano passado, está a trabalhar com os interessados a partir do epicentro que é o território do Baixo Sabor. “As pessoas podem ter interesse em vir para cá, mas isso não basta. É preciso criar condições conjuntamente com elas e gerar ferramentas colaborativas. Por isso estamos a capacitá-los, a criar negócios com elas e a estabelecer parcerias com parceiros. Temos levado os participantes a visitar empresas e empresários locais, ajudamo-los a encontrar casa, no fundo criar um ecossistema”, afirmou o responsável, que defende que as pessoas se fixem no território e validem a sua presença ajudando ao desenvolvimento.
A localidade tem perdido população e serviços, pelo que Filipe Jeremias espera que os novos habitantes ajudem a contribuir para mudar essa realidade. “A associação cria as condições com as pessoas, olhando para as oportunidades que a aldeia e a região oferecem. Há empresários que precisam de quem os ajude na promoção do marketing digital e comunicação, a necessidade de trazer novas respostas sociais para os mais idosos, na revitalização das artes tradicionais e ancestrais com modos artesanais de produção que precisam de ser valorizados, dar a conhecer os produtos endógenos. Foram apresentados 11 projetos inspiradores para se ver o que já se faz na região” resumiu.