Associações de pessoas com deficiência organizaram uma marcha no Porto apelando à necessidade de viverem "uma vida independente".
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Num percurso que uniu a Praça D. João I e a Avenida dos Aliados, cerca de meia centena de pessoas participaram na iniciativa deste sábado à tarde que "quis demonstrar o orgulho pela diversidade da comunidade das pessoas com deficiência e, em paralelo, reivindicar os direitos previstos na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com deficiência, ratificada por Portugal em 2006, mas ainda não integralmente cumprida", fez saber a organização.
José Rui Marques, dirigente da Associação do Porto de Paralisia Cerebral, destacou a importância da ação: "É importante esta marcha pela vida independente, porque trata-se da defesa de uma causa e, entre as muitas que existem, o direito de viver a vida na sua plenitude será a principal", afirmou.
E acrescentou: "Queremos viver numa sociedade que, de facto, nos inclua, que não discrimine, e a vida independente é essencial para conseguirmos esta mudança".
No manifesto, divulgado pelo grupo, destacam-se a exigência de "cumprimento e fiscalização das quotas de acesso ao emprego (público e privado) para pessoas com deficiência" e "o direito à habitação (de promoção pública) e o financiamento para a adaptação dos fogos inacessíveis existentes".