A Lipor (Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto) abriu, ontem (quinta-feira), um concurso público internacional para a construção e exploração de um aterro em Laúndos, na Póvoa de Varzim, que vai servir oito concelhos da Área Metropolitana do Porto. Prevê-se que o equipamento, que custará mais de 22 milhões de euros, esteja pronto em meados do próximo ano.
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O projecto, apresentado em Fevereiro de 2008, já deveria ter arrancado em Março daquele ano. Chegou até a ser preparado um concurso público mas este acabou por ser anulado. “Tinha duas possibilidades: uma era ser a Lipor a construir e custear o aterro; outra era ser uma empresa a construir e a Lipor ficava como cliente”, explicou, ao JN, o presidente da Lipor e da Câmara da Póvoa de Varzim, Macedo Vieira.
Contudo, a Lipor não conseguiu financiamento para o projecto, porque a “União Europeia não apoia a construção de aterros”, e a crise dificultou o aparecimento de interessados. Por isso, o concurso foi anulado, diz o autarca.
“No concurso agora aberto, já só há uma modalidade: a concepção do projecto é da Lipor e a empresa vencedora é que vai construir e explorar o equipamento. A Lipor passa a ser cliente dessa empresa durante 25 anos”, esclareceu ainda Macedo Vieira. Daí que, a vertente dos preços pese 50% nos critérios do concurso.
O autarca estima que o aterro de Laúndos, que será o primeiro do país “carbono zero” (sem emissão de gases com efeito de estufa), comece a ser construído em Outubro e esteja concluído em meados de 2011. Estará pronto “a tempo” de resolver o problema do aterro da Maia, cuja capacidade está prestes a ser esgotada.
O equipamento, que vai servir cerca de um milhão de habitantes, ocupará uma área de 60 hectares e terá um ecocentro, uma estação de transferência de resíduos e um centro ambiental.