Na madrugada desta quarta-feira, ativistas pró-Palestina pintaram de vermelho a fachada da loja da Zara na rua de Santa Catarina, no Porto.
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Num comunicado enviado às redações, o Coletivo pela Libertação da Palestina explicou que a ação surge em protesto contra a nova campanha publicitária da empresa espanhola.
"Nessa ação de marketing, modelos pousam no meio de destruição urbana, segurando manequins embrulhados em lençóis brancos, uma cena demasiado próxima da realidade de Gaza neste momento", defendeu o grupo.
Os ativistas lamentaram ainda que a Zara tenha afirmado que tudo se tratou de um mal entendido, garantindo que este não é "um acidente isolado".
"É, sim, o resultado de anos de declarações sionistas e ações que atentam contra a justiça e autodeterminação do povo palestiniano por parte de oficiais da Zara e da Inditex (grupo empresarial a que pertence). É conhecido o apoio eleitoral oferecido por líderes desta holding a Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional israelita e figura central da extrema-direita sionista que se assume como racista, xenófobo, antipalestiniano e homofóbico", acrescentaram.
De recordar que, perante os apelos ao boicote, a Zara retirou a campanha publicitária, explicando que as imagens foram feitas em setembro, antes dos ataques do Hamas.
"Alguns clientes sentiram-se ofendidos com estas imagens, que já foram retiradas, e viram nelas algo muito diferente do que pretendíamos quando foram criadas", defendeu a marca, em comunicado.
Numa publicação no X (antigo Twitter) vê-se a imagem da referida campanha ao lado da fotografia de uma mãe de Gaza a abraçar, desesperada, o corpo de uma criança, envolto num pano branco. Vários clientes apelaram a um boicote à marca, sob a hashtag #BoycottZara.