Atleta paralímpico Lenine Cunha apadrinha “dia de desporto inclusivo” em Viana do Castelo
O atleta paralímpico Lenine Cunha está, esta sexta-feira, a "apadrinhar" um dia de desporto inclusivo em Viana do Castelo, que conta com a participação de cerca de centena e meia de crianças, jovens e adultos com deficiência.
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A iniciativa está a decorrer no rio Lima, com atividades de "Stand Up Paddle (SUP) para todos", em que foram chamados a participar utentes da APPACDM de Viana do Castelo (deficiência mental), da Fundação AMA (autismo), APCVC (paralisia cerebral) e Iris Inclusiva (cegos e baixa visão) . O evento foi organizado no âmbito da Semana Europeia do Desporto, pela APPACDM - Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, câmara, Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) câmara e escola Modo Experto Kite School.
"Devia haver muitas mais ocasiões destas. Não só aqui com SUP, mas com outros desportos. Tinha de haver muito mais iniciativas destas de inclusão", disse ao JN Lenine Cunha, participante na iniciativa como "embaixador" através do IPDJ. "Sempre que se consegue trazer as instituições a fazer algo de diferente, e sabemos que há miúdos com incapacidade , mesmo profunda, isso deixa-os contentes e motivados. É sempre um motivo de alegria saírem das instituições, andarem ao ar livre, praticarem desporto, ainda mais num rio como aqui. Foi espetacular, até o tempo ajudou com céu limpo", descreveu o atleta, comentando: "Aderiram muitos miúdos de várias instituições, o que é muito bom de ver".
Pedro Fornelos, da APPACDM, explicou que a atividade no rio Lima incluiu a utilização e pranchas de SUP e cadeiras anfíbias, em terra e aplicadas a uma prancha da mesma modalidade.
"Recebemos grupos de manhã, cerca de 100 pessoas, e de tarde são perto de 50 das várias instituições. Claro que destes 150 não foram todos para a água. Há muitos que ficam a ver e vão com os pés até à água, não andam na prancha. Sentam-se na prancha ou na areia. Uns fizeram SUP de pé, outros sentados ou de joelhos, e os que precisaram fizeram na cadeira anfíbia", contou, referindo que "só não foi para a água quem não quis, porque o bom desta atividade é que está a aberta a qualquer pessoas, seja qual for a sua dificuldade".