O Núcleo Regional Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC-NRN) atribuiu hoje 15 bolsas de investigação, no Dia Mundial do Cancro, num total de 234 mil euros. Entrega marcou o arranque das atividades do dia, em que se realizou um cordão humano com o objetivo de "unir a comunidade através de um gesto simbólico".
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Vítor Veloso, presidente do LPCC-NRN, fez questão de salientar a importância destes financiamentos, que desempenharão um papel importante para ajudar na luta contra o cancro, num país onde "os apoios são fracos e pouco numerosos".
"Estes jovens estão a dar-nos um retorno muito grande e isto ajuda à divulgação do trabalho de todas estas pessoas. Por isso, é muito importante investir nestas pessoas, que são o futuro, a inovação e a melhoria terapêutica que será visível nos doentes", assumiu o dirigente.
Para o presidente da instituição, os resultados obtidos recentemente são muito satisfatórios, embora recorde que a luta contra o cancro não se faz "num ano, em dois ou numa década". Veloso ressalva ainda que o dinheiro investido nesta área até ao momento "não é suficiente, de maneira nenhuma", mostrando-se ainda assim orgulhoso com o que se tem feito com poucos meios.
Estas bolsas são uma ajuda preciosa para investigadores, que dependem destes apoios para dar seguimento aos respetivos projetos. Sem estas ajudas seria "muito mais complicado" trabalhar na área, como explicou ao JN uma das contempladas, Valéria Tavares.
"Terminei recentemente o meu doutoramento e não temos muitas opções de financiamento. Sem esta bolsa, possivelmente não poderia continuar e teria de ir para outra indústria, manter-me nesta área mas com muitas dificuldades ou então emigrar", admitiu a investigadora.
Após esta cerimónia realizou-se o cordão humano, em frente à Câmara Municipal do Porto, onde doentes, voluntários e a comunidade em geral marcaram presença para dar um sinal de força, nesta luta comum através de um "gesto simbólico".