Ocorrências no Grande Porto não dão sinais de diminuição. Faltam medidas que travem o número de registos fatais, dizem especialistas.
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Só nos primeiros nove meses de 2023 ocorreram quase tantos acidentes com vítimas mortais dentro do perímetro urbano dos concelhos do Grande Porto como em todo o ano de 2022. Os dados constam do mais recente Relatório de Sinistralidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a que o JN teve acesso, o qual revela que de janeiro a setembro do ano passado - não há ainda números do último trimestre - morreram no Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Valongo um total de 12 pessoas em consequência de atropelamentos, desastres de automóvel ou de veículos de duas rodas. Apenas menos duas do que em todos os meses de 2022.
Analisando os números, constata-se que o Porto foi a cidade onde se deram mais casos mortais, com um total de quatro - dois atropelamentos e outras tantas colisões -, o dobro em relação aos 12 meses anteriores. Os casos de peões que não resistiram ocorreram na Avenida da Boavista e na Rua de Manuel Pinto de Azevedo, ao passo que as colisões se deram nas ruas de Oliveira Monteiro e das Sobreiras.