Apesar do aumento dos preços das estadias nos hotéis, devido à subida de custos relacionados com os combustíveis, matérias-primas e outros, agravados pela guerra na Ucrânia, os operadores turísticos da cidade do Porto continuam animados e esperam um verão forte, semelhante à procura recorde ocorrida em 2019, antes da pandemia.
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Os números registados por altura da Páscoa já anteviam que a retoma está aí para ficar. "O turismo está de regresso à região, com a taxa de ocupação hoteleira acima dos 90% e em alguns locais a atingir 95%", declarou o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins, presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal que neste momento se encontra nos EUA, mercado que juntamente com o brasileiro só agora, com o abrandar da pandemia, começa a reaparecer nas reservas portuguesas.
Os hotéis do Porto registam neste momento taxas de ocupação entre os 50% e 85% para os meses de verão, com preços médios a aumentar face a 2019 e com perspetivas dum verão "forte" em turistas, disseram vários hoteleiros à agência Lusa.
Os principais mercados são o francês, depois o mercado nacional, seguido em terceiro e quarto lugares pelos mercados espanhol e brasileiro e, em quinto lugar, o mercado norte-americano. Há pouco mais de um mês, Luís Pedro Martins, em entrevista ao Dinheiro Vivo, dizia acreditar que a região consiga atingir, já neste verão, os valores de 2019, depois de um período de Páscoa de recuperação face aos dois últimos anos.
Para o responsável só a incerteza da atual conjuntura pautada pelo conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia pode trocar as voltas às contas. Desde janeiro que novas ligações/voos e novas companhias passaram a operar no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
A unidade hoteleira Moov Porto Norte está com uma taxa de ocupação para junho, julho e agosto entre os 82% a 85%. Já as estimativas do Hotel Neya Porto, na zona ribeirinha junto à Alfândega do Porto, para os meses de verão é chegar aos 80%. As expectativas para os meses de verão no Bessa Hotel, no Porto, são "bastante positivas", considerando a importante retoma de procura que sentiram no mês de abril e também em maio. "Sinais de recuperação pós-pandemia" também sentido no Grande Hotel do Porto.