O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, teme que Trás-os-Montes venha a perder o avião para o litoral, porque anda não foi lançado o novo concurso público para a concessão da carreira aérea, cujo contrato termina a 28 de fevereiro. O procedimento concursal precisa de um ano para se realizar.
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A Sevenair, operadora que assegura a ligação aérea Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão, já tinha adiantado ao JN (edição de ontem) que teme que o avião fique em terra após fevereiro. Sérgio Leal, responsável pelas operações da empresa, admite que a operadora não está disponível para manter o serviço nos moldes de financiamento atuais.
“Desde o início da concessão, em 2015, manteve-se o financiamento [cerca de oito milhões de euros], mas a inflação subiu, tal como os preços dos combustíveis e aguentamos os dois anos da pandemia de covid-19, bem como o encerramento da pista de Vila Real, durante cerca de dois anos, o que levou à perda de passageiros”, explicou Sérgio Leal, reconhecendo que a concessão “tem dado prejuízo”.
Hernâni Dias criticou o Governo “pela inércia e capacidade de decisão. “Sem esta ligação os transmontanos ficam mais afastados da capital”, afirmou o autarca brigantino.