A par do que aconteceu nos hospitais da grande Lisboa, as falhas de médicos durante o fim de semana também atingiram o Hospital Distrital da Guarda.
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A escala de ortopedistas ficou deserta devido à conjugação de folgas e baixas. "Não podemos mexer nas folgas porque isso iria destabilizar a escala até ao final do mês", justificou o presidente da Unidade Local de Saúde (ULS). " Mas este fim de semana deu-se a infeliz coincidência de termos um ortopedista com covid-19 e mais dois de baixa médica por outras razões", evidenciou João Barranca.
Longe de ser nova, a precariedade das escalas médicas no serviço de urgência do Hospital da Guarda preocupa o presidente da Câmara Sérgio Costa. " Confio no trabalho do conselho de administração mas não posso deixar de ficar apreensivo com estas falhas porque não podemos deixar que os cuidados de saúde aos cidadãos fiquem em causa", sublinhou. " Falhas só se admitem se forem pontuais e não recorrentes", disse ainda o autarca depois de saber que, na ausência de ortopedistas no Hospital, todos os utentes foram encaminhados para o Hospital de Viseu. " Ao menos que encaminhem logo os utentes para evitar que passem noites nos corredores à espera de atendimento", frisou ainda Sérgio Costa. Enquanto presidente da capital de distrito, o autarca referiu que a Guarda "não pode perder as referências que sempre teve, sendo a ortopedia uma delas".
Sem perder de vista que os problemas no SNS são transversais a todo o pais, Sérgio Costa garante que os problemas no interior "são mais frequentes e notórios" e, que, até por isso, a tutela precisa de dar passos mais largos. " Aqui exige-se um triplo salto", referiu.