O presidente Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, aproveitou a apresentação do novo serviço de transporte flexível de passageiros do Município, para reiterar a ideia de que o metro ligeiro de superfície é uma solução melhor do que o metrobus que atualmente está a ser estudado, por decisão do anterior Governo.
Corpo do artigo
Mesmo sem a presença da secretária de Estado da Mobilidade e dos Transportes, Cristina Pinto Dias, que se fez representar pela assessora, Teresa Santos, o autarca aproveitou para lembrar as necessidades de mobilidade no Quadrilátero Urbano, constituído por Guimarães, Famalicão, Braga e Barcelos.
O presidente da Câmara de Guimarães deu a saber que os estudos para a implementação do metrobus, que vai ligar o concelho a Braga e à futura estação de alta velocidade, passando pelas vilas do norte do concelho, Ponte e Caldas das Taipas, já estão a ficar prontos. “É preciso passar agora à fase de execução da obra”, referiu. Domingos Bragança esclareceu que a via para estes autocarros será feita de tal forma que no futuro seja possível migrar para o MLS-GB, “ou seja o Metro Ligeiro de Superfície - Guimarães, Braga”.
O edil de Guimarães lembrou que os quatro concelhos que constituem o Quadrilátero Urbano estão todos no top 10 das exportações nacionais. “Todos vimos, durante a pandemia, o quanto a Europa precisa de se reindustrializar. Nessa altura, verificamos que a Europa não tinha capacidade de fabricar artigos básicos, como máscaras”, sublinhou. Para Domingos Bragança, os concelhos referidos têm condições excelentes para participar na reindustrialização europeia, mas precisam de transportes adequados. “A Europa precisa de ‘chão de fábrica’, mas os operários vivem dispersos pelo território e têm de ter transportes”, apontou, pedindo à assessora que levasse a mensagem à secretária de Estado.
Relativamente ao transporte flexível - Vitursbus - que começa a funcionar na próxima semana, com três autocarros elétricos que vão complementar a oferta das operadoras de transporte público, Guimabus e Ave Mobilidade, o autarca acredita que a solução terá de crescer. “No futuro vamos ter de alargar este serviço em equipamentos e com plataformas digitais”, referiu.