O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino Sousa, confessou-se "muito preocupado" com as "graves dificuldades" que ocorrem no hospital da cidade devido à falta de profissionais, pedindo ao Governo para reforçar o pessoal.
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Segundo o autarca, o hospital Padre Américo, que é a referência para uma população de meio milhão de habitantes de 12 concelhos do Tâmega e Sousa, enfrenta uma "situação excecional" provocada pela insuficiência de profissionais devido à covid-19. "Uma circunstância excecional exige medidas excecionais", destacou Antonino Sousa, em declarações à Lusa.
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Um elevado número de profissionais daquela unidade hospitalar, sinalizou o autarca daquele município do distrito do Porto, está em isolamento por ter sido contagiado pelo novo coronavírus ou por ter mantido algum tido de contacto com as pessoas às quais foi diagnosticada a doença.
Essa circunstância provoca uma situação "muito difícil" no hospital, prejudicando o atendimento à população, "tanto ao nível da covid-19 como de outras patologias", reforçou.
Na terça-feira, a administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel, informou haver colaboradores, de vários grupos profissionais, infetados com o novo coronavírus, indicando, porém, que a situação não colocava em causa o funcionamento do hospital.
"Tal como em todos os hospitais, há profissionais infetados, de todos os grupos profissionais. Até ao momento, não está em causa o funcionamento do hospital", lia-se num esclarecimento enviado à Lusa.
Entretanto, uma fonte ouvida naquele dia pela Lusa relatou uma situação de "grande dificuldade" no hospital de Penafiel, incluindo na urgência, onde os doentes aguardam horas para serem atendidos, devido à insuficiência de profissionais.
"A situação está caótica, com os corredores cheios de doentes", contou.
Além do pedido de reforço de profissionais, Antonino Sousa defendeu hoje que o Governo, nas circunstâncias atuais, devia articular a resposta com os setores social e privado que operam na região, "para os doentes serem devidamente tratados e acompanhados".
O presidente sinalizou que a situação atual e a dimensão do problema "extravasam" a capacidade de resposta da administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, exigindo-se, por isso "uma atuação adequada do Governo".