Um homem da freguesia de S. Mateus da Ribeira, Terras de Bouro, apresentou queixa na GNR contra o presidente da Junta local, acusando-o de agressão.
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Em causa estão trabalhos de limpeza do cemitério, realizados pela mulher do alegado agredido. As divergências arrastavam-se, desde que Carlos Magalhães deu conta ao presidente da Junta que a mulher não iria manter o trabalho de zeladora pelo cemitério da freguesia de S. Mateus da Ribeira. As causas para esta tomada de decisão, sustenta Carlos, radicam no facto de "aparecerem constantemente ossos espalhados pelo cemitério".
Pelo trabalho, a mulher de Carlos recebia 150 euros, de seis em seis meses. Foi por alturas dos Fiéis Defuntos que Carlos optou pôr fim à situação, transmitindo ao autarca a decisão. No passado fim-de-semana, Carlos decidiu deslocar-se até à Junta para reclamar o pagamento em falta. Foi então que se deram as alegadas agressões. "Ele disse que apenas pagava quando completasse o mês e que, por isso, ainda tinha de efectuar a limpeza do cemitério. Respondi-lhe que guardasse o dinheiro, porque não iria mendigar. Virei costas e senti um murro nas costas. Defendi-me e foi quando ele caiu e começou a pontapear-me nas pernas", descreve Carlos. António Marques começou por classificar o caso como resultante de "politiquices", para refutar os factos avançados pelo alegado agredido: "Dias antes veio dizer que não arranjava mais o cemitério e deslocou-se à Junta, com a mãe, a pedir um atestado de carência, para beneficiar de obras na casa. Dias depois, ligou-me a pedir que lhe pagasse o serviço do cemitério e foi quando lhe disse para aparecer na Junta que lhe explicava a situação. Quando lá foi, disse-lhe que se o cheque é passado de seis em seis meses, então ainda faltava completar o mês. Não aceitou e agrediu-me". "Esta é a verdade e reservo-me ao direito de avançar com uma queixa contra ele", concluiu.