O presidente da Câmara de Tavira (PS), Jorge Botelho, críticou, este sábado, a deslocação de meios de combate ao incêndio de Tavira para o de São Brás de Alportel, classificando como "muito grave" a situação no seu concelho.
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O autarca teme que o fogo se torne incontrolável em Tavira, uma vez que os meios estão agora mais concentrados em São Brás de Alportel.
O autarca afirmou que "esta noite ardeu mais um bocado grande" do município de Tavira, mais do que um terço do concelho.
"Ter os meios não é tudo. O ministro previa acabar o fogo na terça-feira e, sem querer ser alarmista, a situação não está resolvida", disse Jorge Botelho, considerando o cenário "devastador".
"Há coisas que não se entendem. A situação é muito grave", acrescentou o autarca, quando questionado por que é que mil homens no terreno não foram ainda suficientes para controlar este incêndio.
Jorge Botelho referiu que durante a noite houve meios que foram movimentados da zona de Santa Maria (Tavira) para São Brás, "mesmo quando o fogo estava muito complicado", e considerou que a situação só não se complicou mais por causa da intervenção da Protecção Civil Municipal.
Na Várzea Vinagre (Tavira) houve uma escola privada que foi atingida pelo fogo durante a noite, mas não arderam casas.
"As pessoas passaram a noite na rua e as habitações foram salvas", disse.