O presidente da Câmara de Amarante, José Luís Gaspar, reagiu com indignação à notícia do encerramento da Urgência Básica do Hospital São Gonçalo, em Amarante, prevista para a noite de Natal.
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A notícia havia sido tornada pública pelas relações públicas do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), estrutura que gere os Hospitais São Gonçalo, em Amarante e Padre Américo, em Penafiel, justificando a medida com a “indisponibilidade de médicos para completar as escalas de urgência”.
Assim, os doentes que na noite de Natal necessitem de ajuda médica devem “dirigir-se à Urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel”, explica o CHTS.
A Urgência Básica do Hospital São Gonçalo, em Amarante, encerra na noite de Natal, entre as 18 horas do dia 24 e as 8.30 horas do dia 25 de dezembro.
“Enquanto cidadão e enquanto Presidente da Câmara Municipal de Amarante, não posso deixar de manifestar a minha completa indignação, perante o agora anunciado encerramento da Urgência Básica na noite de Natal. Parece-me a cereja no topo do bolo da insensatez”, refere José Luís Gaspar.
O autarca amarantino lembra que “a história dos cuidados de saúde no concelho de Amarante 'fala por si': são já mais de dez anos de uma escandalosa falta de aproveitamento das condições existentes do Hospital de S. Gonçalo - que, de resto, reiteradamente temos vindo a denunciar”.
Perante o permanente estado de rutura do Hospital Padre Américo, Gaspar considera que “a falta de valências deste nosso equipamento [Hospital São Gonçalo] é inexplicável e põe, irrefutavelmente, em causa a qualidade do serviço prestado às pessoas”, refere, lembrando que “ se há comunidade que tem tido a capacidade de resistir e de suportar o mau estado do Serviço Nacional de Saúde é a nossa”, acrescenta.
O encerramento da urgência na noite de consoada é explicada pelo CHTS com os “acontecimentos recentes no país e à reavaliação que os médicos estão a fazer sobre a continuidade da indisponibilidade para completar as escalas de urgência”, refere a fonte hospitalar.