A Câmara e a Assembleia Municipal de Elvas manifestaram-se contra a manutenção das portagens na autoestrada A6 e exigiram ao Governo a sua isenção devido à “importância estratégica” da via para a região e para o país. É um dos principais eixos de ligação entre Portugal e Espanha.
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Esta posição consta de uma moção, aprovada por unanimidade, nestes dois órgãos autárquicos de Elvas, que visa reivindicar a isenção das portagens, “em nome da justiça territorial e do desenvolvimento económico e social” da região. Com a moção, o Município expressa a sua “discordância com a decisão governamental de manter a cobrança de portagens na A6”, ao contrário do que sucedeu, a partir de 1 de janeiro, em várias autoestradas ex-SCUT.
Os autarcas pedem, ainda, ao Governo que “reveja a sua política de portagens nas autoestradas do Interior, adotando medidas que favoreçam a mobilidade e o desenvolvimento das populações mais afetadas”. O documento vai ser enviado ao primeiro-ministro, ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação, à Assembleia da República, aos grupos parlamentares e às entidades representativas do Interior do país.
Discriminação positiva
“Esta via é utilizada diariamente por milhares de cidadãos, incluindo trabalhadores, estudantes e empresários, que necessitam de se deslocar com frequência entre diferentes localidades, dentro e fora do território nacional”, pode ler-se na moção.
Os autarcas de Elvas reconhecem que “o Governo tem vindo a implementar medidas de discriminação positiva para regiões do Interior para combater a desertificação e promover a coesão territorial”, mas “a manutenção das portagens na A6 contraria este princípio”. Esta decisão, assinalam, prejudica “gravemente a mobilidade da população, o desenvolvimento económico e a atratividade da região para investimento e turismo”.
A A6 liga a zona da Marateca, em Palmela, ao Caia, perto de Elvas e da fronteira com Espanha.v