Comandante dos Bombeiros de Arcos de Valdevez defende imputação de custos aos resgatados. Operação de anteontem demorou mais de 10 horas e foi a mais dura dos últimos 20 anos.
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A missão de resgate de uma visitante com uma entorse num joelho levada a cabo anteontem pelos bombeiros de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca, ao longo de mais de dez horas e em condições agrestes na freguesia serrana de Gavieira, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, reavivou a preocupação das autoridades com passeios de “curiosos” que arriscam caminhadas e mergulhos perigosos.
Com o aumento dos salvamentos, volta a questionar-se se os resgastes por incúria dos visitantes deveriam ou não ser pagos pelos resgatados, como sucede no Pico, nos Açores. O comandante dos Bombeiros de Arcos de Valdevez, que classificou a operação de anteontem como a mais dura que a corporação teve de enfrentar em 20 anos no parque, não tem dúvidas em considerar que deveria ser paga. O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, João Esteves, não fecha a porta a uma cobrança a avaliar no futuro, enquanto o autarca de Terras do Bouro, Manuel Tibo, defende as multas.