Autarcas exigem abertura da fronteira de Moimenta da Raia com um minuto de silêncio
Autarcas portugueses e espanhóis fizeram esta segunda-feira um minuto de silêncio como forma de protesto por continuar encerrada a fronteira de Moimenta da Raia, em Vinhais.
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Os autarcas pedem ao Governo a reabertura desta passagem estre os dois países, ao abrigo de um regime de exceção como já existe em outras entradas na região, nomeadamente Miranda do Douro e Montalegre, que abrem quatro horas por dia, de manhã e de tarde, para permitir a circulação de trabalhadores transfronteiriços e de mercadorias.
"Mais do que um protesto é uma chamada de atenção para a necessidade de também aqui, no concelho de Vinhais, existir uma fronteira aberta, dado o número de trabalhadores transfronteiriços, alguns dos quais estão sujeitos a perder o emprego, porque têm que percorrer grandes distâncias, centenas de quilómetros, para circular entre os dois países, os únicos locais de passagem abertos são Quintanilha (Bragança) e Vila Verde (Chaves)", referiu o presidente da Câmara de Vinhais, Luís Fernandes.
Os espanhóis também pedem a reabertura e consideram que continuar encerrada prejudica a mobilidade de trabalhadores transfronteiriços, tanto mais que todas as passagens do concelho de Vinhais entre os dois países estão encerradas.
O alcaide de Mezquita, na comunidade da Galiza, localidade mais próxima de Moimenta da Raia, admitiu que a fronteira fechada é prejudicial para os trabalhadores que circulam entre países, especialmente os que trabalham em pedreiras e restaurantes portugueses.
O pedido de exceção para a fronteira de Moimenta da Raia, está a ser conduzido pela Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes que reivindica ainda a abertura das fronteiras de Mogadouro e Vimioso.
No distrito a única passagem aberta em permanência 24 horas por dia é a de Quintanilha (Bragança), Miranda do Douro abre quatro horas por dia (8 horas - 10 horas e 18 horas - 20 horas) e Rio de Onor está limitada às quartas-feiras e sábado, durante duas horas.
A CIM quer a revisão das medidas garantindo a todos os concelhos transfronteiriços "uma passagem autorizada" na fronteira com Espanha.