O percurso da carreira Póvoa de Varzim-Hospital de S. João (Porto) da Unir vai ser alterado já a partir de 2 de janeiro. Quem o garante é o presidente da Câmara da Póvoa, Aires Pereira, que reconhece que a alteração de percurso implementada pela rede Unir "não faz nenhum sentido".
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O caso, recorde-se, foi denunciado, na segunda-feira, pelo JN: a viagem, que demorava uma hora, demora agora duas, porque o percurso passou a fazer-se pelo interior de Matosinhos (Padrão de Moreira, Leça do Balio, Padrão da Légua e Montes dos Burgos), numa zona já servida pela STCP. Os utentes - estudantes, professores e funcionários nas muitas universidades do pólo da Asprela - estão indignados. Agora, vai voltar tudo ao modelo original.
"Nós abrimos um canal que recebe todas as reclamações e sugestões. Estamos, agora, a trabalhar para que todos os constrangimentos identificados, nomeadamente alguns traçados como a linha que vai para o Hospital de S. João, que foi alterada, passando pelo interior das freguesias de Matosinhos e que não faz nenhum sentido, fiquem resolvidos até ao final do ano. Queremos ter tudo operacional, bem como a fixação dos novos horários e a divulgação das alterações a funcionar no dia 2 de janeiro", afirmou o presidente da Câmara da Póvoa. Aires Pereira quer aproveitar a pausa letiva - e a menor pressão na rede - para "pequenas afinações" e volta a sublinhar que "a Póvoa até é dos lotes com menos problemas" e todas as alterações são "de pormenor".
Já quanto à falta de horários nas paragens de autocarro, volvidas três semanas do início da operação, o edil reconhece que é preciso ter informação "mais amigável", como "mapas grandes, visíveis, ilustrativos", que ajudem as pessoas a perceber, com clareza, o que têm à disposição. E, uma vez que a Área Metropolitana do Porto não faz e o operador também não, a Câmara já disse que irá fazê-lo.
O autarca poveiro considera ainda que é preciso trabalhar na divulgação do transporte público e da nova rede, já que, por exemplo, na Póvoa, pela primeira vez há autocarros à noite, todos os dias, até à meia-noite e muitos utentes não sabem.
"Não é uma resposabilidade do município, mas a câmara pode e deve empenhar-se o mais possível. Deve passar a ser um agente agilizador e ter um papel muito mais ativo em termos de informação", frisou João Trocado, do PS, que, na terça-feira, questionou a maioria PSD, na reunião do executivo, quanto à falta de horários nas paragens.