Autópsias confirmam que cinco homens morreram intoxicados por monóxido de carbono
Pai e filho foram a enterrar, esta terça-feira, em Chaves. A missa teve lugar na igreja da Madalena, pequena para acolher a multidão que, consternada, assistiu à cerimónia no exterior do templo, numa última homenagem a Adérito e Alin Santos, de 60 e 30 anos, respetivamente.
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Os dois, e mais três pessoas com eles, morreram intoxicados por monóxido de carbono, no sábado, num poço em Vilela Seca, Chaves. A conclusão resulta da autópsia feita aos 5 homens, com idades entre os 17 e os 60 anos, no gabinete de Medicina Legal do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.
O monóxido de carbono é um gás altamente letal e pode ter sido libertado por uma bomba de extração de água, que, soube o JN junto de fonte próxima das equipas de socorro, existe no poço.
O qual, sublinhe-se, tapado com uma placa de betão, com uma pequena abertura onde cabe um homem e, também ela, com tampa de ferro, o que dificulta a ventilação.
Aquele gás é um veneno silencioso, não detetável pelos sentidos. Uma vez inalado, entra na corrente sanguínea, chega às células e inativa os órgãos. Foi o efeito nos 5 homens que morreram - no que entrou primeiro e nos que foram em socorro. Duas outras pessoas que também pretendiam ajudar foram retiradas a tempo do poço e levadas de urgência para o hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde foram sujeitas a sessões de desintoxicação em câmara hiperbárica.
O mais jovem, Marcelo Serafim, de 23 anos, teve alta anteontem, enquanto Félix Barreira, de 60, continua internado.