Avança concurso público para construir mercado no espaço do antigo prédio Coutinho
A câmara de Viana do Castelo aprovou, esta terça-feira, o lançamento de um concurso público internacional para construção do novo mercado municipal de Viana do Castelo e arranjos da envolvente, no espaço do antigo Edifício Jardim, vulgarmente conhecido por prédio Coutinho.
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O procedimento avança com uma estimativa orçamental global de cerca 10,7 milhões de euros, mas, segundo o autarca Luís Nobre (PS), ainda que sem financiamento garantido. Adiantou, contudo, que a obra deverá ser candidatada, em princípio, após o mês de setembro, a fundos comunitários do Portugal 2030.
Devido à falta de garantias que a empreitada seja financiada, o CDS e o PSD votaram contra a abertura de concurso. A CDU votou ao lado da maioria PS.
Em reunião do executivo, foram aprovados, antes do procedimento concursal, os projetos de execução do mercado (cerca de 9,07 milhões de euros) e dos arranjos exteriores (cerca de 1,65 milhões de euros).
Segundo Luís Nobre, o projeto, que já tinha sido apresentado anteriormente, foi revisto e permitiu uma poupança, em termos de investimento, de cerca de um milhão de euros.
De acordo com informação tornada pública pelo município, o projeto em causa prevê um mercado com dois pisos, 28 lojas, 56 bancas de venda no interior e espaço exterior destinado a produtores locais. E ainda um parque estacionamento com ligação em túnel a um outro espaço de estacionamento existente nas imediações.
O concurso que agora será lançado, prevê um prazo de execução da obra de cerca de dois anos (720 dias). Recorde-se que a construção do mercado no lugar do prédio Coutinho, em pleno centro histórico de Viana do Castelo, está prevista e constituiu justificação, no âmbito do processo de demolição que se arrastou ao longo de 22 anos, e foi executada no ano passado pela sociedade Polis (Viana Polis).
A demolição do prédio Coutinho, de 13 andares, foi anunciada em junho de 2000, ao abrigo do programa Polis, mas foi sendo adiada devido a sucessivos processos nos tribunais, apresentados por moradores.