Os sete edifícios da urbanização do Sobreiro, no centro da Maia, que chegaram a ter sentença de demolição vão ser recuperados. Segundo a Câmara da Maia, a reabilitação vai arrancar "em breve" nos blocos 41 a 47.
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Os primeiros a ter obras serão os blocos 41 e 42, sendo que o concurso deverá ser lançado durante esta semana. O projeto de requalificação do empreendimento - que até mudou de nome, passando de Bairro do Sobreiro para Jardins do Sobreiro - inclui a melhoria dos espaços públicos e a construção de um novo edifício, com apartamentos T1, no âmbito do programa 1.º Direito, que se destina a garantir habitação condigna a famílias carenciadas e que representa um investimento de 8,5 milhões de euros. Também vai nascer um novo centro comunitário.
O projeto de reabilitação foi explicado aos moradores numa sessão pública promovida pela Espaço Municipal, empresa municipal que gere a habitação do concelho da Maia.
"Em 2017, vim dizer-lhes que este espaço ia ser objeto de uma revolução amigável, sadia e responsável e dizer-lhes que íamos fazer obras e fazê-las bem. Essa revolução está a acontecer. Os outros já tiveram obras e agora vamos intervir nestes sete blocos, que pensamos inicialmente demolir, mas, depois achamos melhor manter e dar-lhes este caráter mais polivalente", disse o presidente da Câmara da Maia, Silva Tiago, citado num comunicado da Autarquia.
"A maior alteração tem a ver com a adaptação dos blocos para que os edifícios sejam acessíveis", referiu Nuno Lopes, administrador executivo da Espaço Municipal. A construção de elevadores externos vai obrigar a alterações nos T4, que passam a T3. "Há uma alteração da zona de entrada e conversão do quarto de entrada em espaço comum, para melhoria das condições de acessibilidade", justificou o dirigente, citado no mesmo comunicado.
A empreitada abrange o isolamento térmico das fachadas e a substituição dos esquentadores e cilindros por bombas de calor, para aquecimento das águas sanitárias, sendo que numa segunda fase serão instalados painéis fotovoltaicos para produzir energia elétrica.
"A substituição de coberturas de amianto por novas de naturocimento e inclusão de isolamento térmico; a renovação do sistema de drenagem de águas pluviais e das redes eléctricas; e a instalação de iluminação LED nas zonas comuns, incluindo ainda aplicação de novo sistema de campainhas" são outras intervenções destacadas pelo Município.
No espaço público, a Rua do Picoto vai ser requalificada, com novos passeios, arborização, pavimentação e lugares de estacionamento. "Vai nascer uma nova praceta pavimentada na zona nascente polivalente, com 630 m2, que poderá funcionar como espaço informal de jogo e de estar; novas áreas ajardinadas na envolvente dos edifícios, incluindo um jardim central, com uma área aproximada de 2.900 m2; e novos atravessamentos pedonais", acrescenta a Autarquia.
O novo centro comunitário - Civibox - vai custar sete milhões de euros. O local onde está o atual destina-se a áreas verdes.