Instalações da Vitasal já foram demolidas. Uma nova vida ainda sem data para um espaço junto à ria.
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As antigas instalações da Vitasal, empresa de higienização de sal, saltavam à vista, pelos piores motivos, a quem se aproximava do centro de Aveiro, indo pela A25. Mas, recentemente, o conjunto de edifícios, que se encontrava em avançado estado de degradação, foi demolido pela Civilria, atual proprietária dos terrenos. Para aquele local, está prevista a construção de uma unidade hoteleira, de edifícios destinados à habitação e ao comércio e de um edifício cultural. Além disso, vai "nascer" nas imediações uma espécie de lago, resultante da extensão do Canal de S. Roque. Só que ainda nenhuma das obras tem prazo previsto para iniciar.
Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, recorda que o projeto em questão está "enquadrado num protocolo antigo, firmado entre a Autarquia e a Vitasal na altura do presidente Alberto Souto, onde estão definidas obrigações de parte a parte". O documento mantém-se em vigor com a atual proprietária, a Civilria.
O município vai ser responsável pela obra de extensão do Canal de S. Roque, com a criação de uma "cabeça de canal", à semelhança do que existe no Cais da Fonte Nova, junto à antiga fábrica Jerónimo Pereira Campos. Os custos da empreitada, segundo o edil, vão rondar "os dois milhões de euros".
Por seu turno, a Civilria vai investir na construção do hotel, dos edifícios destinados à habitação e ao comércio e do edifício cultural.
Segundo Ribau Esteves, esse último será algo "do género de um centro cultural e centro de exposições, dedicado à arte contemporânea". Apesar de se tratar de um investimento privado, o autarca avança que a Câmara "já mostrou à empresa disponibilidade para gerir o equipamento".
Sem prioridade
Contactada pelo JN, fonte oficial da Civilria não quis adiantar pormenores sobre o projeto, realçando, apenas, que o mesmo "não é para avançar em breve". "Fizemos a demolição, mas ainda não há prazo para iniciar as obras. Temos outros projetos a começar antes", afiançou.
VIZINHOS
Demolição de prédios abandonados em andamento
Do outro lado da estrada da antiga Vitasal, mantém-se abandonado um empreendimento habitacional (visível na foto de cima), cuja construção nunca foi concluída, devido a insolvência da empresa Canal Capital. O mesmo chegou a estar a leilão, há dois anos, com preço-base de 17,5 milhões de euros, mas não teve interessados. Recentemente, a empresa administradora de insolvência entregou na Câmara o processo de demolição dos prédios, mas Ribau diz que a mesma carece da "resolução de algumas questões administrativas".