Embarcação tem de parar para manutenção e inspeção e será substituída por uma lancha.
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Aveiro vai estar um mês sem "ferryboat" para São Jacinto. O "Cale de Aveiro" vai para o estaleiro para "cumprir obrigações legais de manutenção e inspeção", a partir da próxima segunda-feira e previsivelmente até 5 de abril, estando a data sujeita a confirmação, informou esta quarta-feira a Câmara de Aveiro.
Enquanto o "ferry" permanecer inoperacional será substituído na travessia entre o Forte da Barra e S. Jacinto pela Lancha Dunas, deixando desta forma os carros de poderem fazer a travessia.
Elétrica no final do ano
O "Cale de Aveiro" vai ser substituído no final deste ano por um ferry elétrico, o primeiro 100% elétrico a ser construído e a operar no sul da Europa. O navio, que está a ser feito nos estaleiros da Naval Tagus, no Seixal, estará concluído durante o último trimestre deste ano, conforme previsto, confirmou esta quarta-feira o JN junto de fonte oficial da Câmara de Aveiro.
Com 38 metros de comprimento, terá dois pisos. O de baixo, coberto, albergará os automóveis. O de cima - que tem uma parte interior e outra exterior - é destinado aos passageiros. O navio conta com rampas de acesso nas duas extremidades. Terá capacidade para 260 passageiros (mais 90% do que no atual ferryboat) e para 19 viaturas (mais 30%).
Vai custar cerca de sete milhões de euros, comparticipados em dois milhões por fundos europeus, e ajudará na pegada ecológica do município, uma vez que deixam de ser emitidos pelo atual ferryboat, movido a combustível fóssil, 300 toneladas de CO2, anualmente.
O tempo de travessia entre as duas margens - que distam uma milha náutica (cerca de 1800 metros) -, irá manter-se em 15 minutos. O navio vai navegar a uma velocidade de cinco nós, que é a permitida naquele canal, apesar de ter capacidade para chegar aos nove. Mas a travessia da ria de Aveiro vai passar a ser mais silenciosa e confortável, promete a autarquia.