Renovação dá início à Ecopista entre Esmoriz e o Furadouro. Comércio na expectativa.
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Depois de 10 meses de obra, os comerciantes da Avenida da Praia de Esmoriz esperam maior movimento para compensar a quebra no negócio. A requalificação, a inaugurar hoje, é o primeiro pas-so da ecopista até ao Furadouro.
O percurso até já foi baptizado - Ecopista do Atlântico. E o início do trajecto já está feito, com a inauguração da requalificada Avenida da Praia de Esmoriz. Segue-se uma intervenção ao longo da estrada florestal que irá ligar aquela cidade ao Furadouro, através de uma ciclovia e pista para peões. Uma obra que, segundo o presidente da Câmara, Manuel Oliveira, já está assumida e financiada e que se estenderá, depois, à freguesia de Válega.
É que há muito que a população de Ovar apanhou a moda das caminhadas. Não é à toa que tanto a Avenida da Régua, em Ovar, como a Avenida da Praia de Cortegaça foram requalificadas tendo já em vista esses fervorosos "clientes".
E foi também para dar resposta a esse espírito que foi requalificada, então, a Avenida da Praia de Esmoriz, o mais importante acesso da cidade à concorrida zona balnear. A artéria está muito aberta, com grandes passeios para peões e com espaço para esplanadas e ciclovias em ambos os sentidos. A intervenção, que custou cerca de 1,2 milhões de euros, incluiu também a renovação das infraestruturas enterradas e da iluminação, além da criação de baias de estacionamento e da arborização de toda a avenida. Quanto à ponte do Peixinho do Rio, foi demolida e construída uma nova, da largura da avenida.
Apesar de tudo, ainda não foi desta que a avenida se viu livre de trabalhos: a construção da passagem inferior que irá substituir a passagem de nível, a cargo da Refer, ainda deverá continuar por mais quatro ou cinco meses.
Os comerciantes, esses, estão convictos de que valerá a pena.
"Foram 10 meses muito difíceis. Sempre foi uma avenida muito movimentada e de repente, ora por causa do pó, ora por causa da lama, deparámos com uma enorme quebra no negócio", recordou João Pacheco, funcionário de um café. "Penso que nem tudo ficou bem feito, sobretudo no que toca ao escoamento das águas da chuva, mas, de uma forma geral, a avenida ficou bonita e mesmo sem a passagem desnivelada pronta, já se começam a sentir melhoras no movimento", continuou.
"A obra causou incómodos, é verdade, mas para haver progresso também temos de ser pacientes e os trabalhadores fizeram tudo para que o impacto negativo da obra fosse o menor possível", argumentou, por sua vez, a moradora Gabriela Maltês.