Avenida da Ponte, no Porto, vai ter 200 a 300 casas novas

Ao falar da Avenida da Ponte, o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha, refere-se a uma "ferida aberta na cidade por resolver". Uma área que foi demolida na década de 40 e que nunca foi reconstruída. Para este hectare, entre a Estação de S. Bento e a Ponte Luís I, o município quer "revisitar" o projeto do arquiteto Siza Vieira elaborado em 2000, mas que nunca foi executado, e ter construção nova no local, com "200 a 300" casas. "Precisamos de ter gente a viver naquele território", diz o vereador, entre outras razões, para contrabalançar o peso do turismo na zona.

Siza apresentou dois projetos. Tanto um como outro não chegaram a avançar. O primeiro data de 1968 e o segundo foi elaborado no âmbito da Porto 2001, Capital Europeia de Cultura, quando a necessidade era reabilitar o edificado. "Hoje, o Centro Histórico está reabilitado e não falta investimento. As circunstâncias mudaram", explica Pedro Baganha. Na fórmula de 2001 encaixava-se um edifício para o Museu da Cidade. Mas até isso mudou. O museu já tem destino: o Palácio de S. João Novo, em Miragaia. Na opinião do vereador, o "programa", na altura, também não contribuiu para concretizar o que estava planeado.