A Avenida Gustavo Eiffel, no Porto, junto ao rio Douro, permanece cortada à espera da retirada de pedras e terra que se acumularam nas traseiras do hotel Eurostars esta terça-feira, após uma derrocada. A operação está prevista para esta quarta-feira, à responsabilidade de uma empresa especialista na remoção deste tipo de elementos.
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Entre o túnel da Ribeira e as bombas de combustível Cepsa da Avenida Gustavo Eiffel, no Porto, o trânsito permanece cortado em ambos os sentidos. É permitido apenas o acesso a funcionários e hóspedes do hotel. Durante a manhã desta quarta-feira não decorreram quaisquer trabalhos de limpeza na avenida, tendo estado uma equipa da Proteção Civil a visitar, mais uma vez, o local onde teve origem a derrocada e as instalações do hotel.
Os estragos provocados pelo deslizamento de terras na escarpa das Fontainhas, que a rede instalada junto ao hotel não conseguiu conter por completo, resumem-se a arranhões na fachada, estragos nas varandas e na caixilharia da janela de um dos quartos. O prédio, com 46 apartamentos, foi interdito pela Proteção Civil. Os hóspedes foram realojados pela própria unidade hoteleira.
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Em declarações ao JN, o comandante dos Sapadores do Porto, Carlos Marques, explicou que o deslizamento de terras terá sido provocado por uma "saturação" do terreno, como resultado da chuva forte sentida durante o fim de semana.
"Houve o deslizamento de terras e também algumas pedras para essa zona. Felizmente, ninguém estava nos quartos nessa altura e não houve qualquer vítima a registar", indicou Carlos Marques, acrescentando que a zona terá de ficar interdita enquanto decorrem os "trabalhos de demolições e retirada dos elementos que estão, ainda, em risco de queda". A intervenção terá uma segunda fase, de "estabilização da própria escarpa".