A demolição de "elementos" que permaneciam em risco de queda na escarpa das Fontainhas, no Porto, arrancou esta quinta-feira de manhã. De acordo com a Câmara do Porto, os trabalhos obrigam, numa primeira fase, à utilização de uma "autogrua de grandes dimensões e alcance", o que levará ao corte total da circulação de trânsito na Avenida Gustavo Eiffel.
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Depois de o deslizamento de terras na escarpa das Fontainhas, no Porto, ter provocado, esta terça-feira, uma derrocada que atingiu as traseiras do hotel Eurostars Porto Douro, na Avenida de Gustavo Eiffel, a Câmara do Porto deu início à operação de intervenção naquele local. Ao todo, os trabalhos - que ficarão a cargo da empresa municipal Domus Social e cujo investimento ronda os 263 mil euros -, deverão prolongar-se durante cerca de 20 dias, divididos por duas etapas.
Recorde-se que o arranque dos trabalhos estava previsto para esta quarta-feira, mas a intervenção foi adiada.
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Seguir-se-á, posteriormente, "uma intervenção planeada para consolidação e estabilização definitiva, na mesma zona da escarpa".
"A primeira etapa, com uma duração de três a quatro dias, consiste na demolição controlada dos elementos em risco de queda, com o recurso a uma autogrua de grandes dimensões e alcance. Por esse motivo, durante o tempo previsto da 1ª etapa, será mantido o corte total de circulação de trânsito e o acesso condicionado a pessoas na Avenida de Gustavo Eiffel", clarifica a Câmara do Porto, numa nota enviada às redações.
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Avenida poderá reabrir com trânsito condicionado
Já durante a segunda fase da intervenção, "com uma duração prevista de 15 dias", serão retirados "do local os elementos demolidos, com recurso a escavadoras giratórias e meios pesados de transporte e realizar provisoriamente os movimentos de terra adequados".
Por isso mesmo, só "após reavaliação" da situação e "caso existam condições de segurança, será ponderada a abertura de uma faixa de rodagem do lado oposto à derrocada, com possibilidade de trânsito em ambos os sentidos, controlado por semáforos provisórios".
Certo é que, depois desta "mitigação de risco", está prevista "uma intervenção planeada para consolidação e estabilização definitiva, na mesma zona da escarpa, a cargo da empresa municipal GO Porto".
"Todas estas ações estão a ser acompanhadas pela Proteção Civil Municipal, que procederá à adequação da intervenção de acordo com o risco e as condições meteorológicas", conclui o Município do Porto.