Um monumento em homenagem aos baionenses mortos na Guerra do Ultramar da autoria de Ricardo Alves foi inaugurado, esta quarta-feira, na praça que já era batizada de “Heróis do Ultramar”, na vila de Baião. A obra escultórica, a propósito dos 50 Anos de Abril, ficou colocada defronte do Edifício dos Paços do Concelho.
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O monumento, construído em forma de coluna de ferro, ostenta os nomes daqueles que tombaram na guerra das antigas colonias portuguesas no Ultramar.
O objetivo foi criar “um espaço de memória e homenagem” aos combatentes do Ultramar, com destaque para os baionenses que perderam a vida, e cujos nomes foram gravados no elemento escultórico. “Procura simbolizar o impacto devastador que a guerra colonial teve sobre aqueles que não a combateram”, começa por explicar Ricardo Alves.
A parte superior do bloco, “decepada”, nas palavras do escultor, pretende representar “o corte, irremediável, nos projetos de vida, sonhos pessoais e das suas famílias, amigos, e na sociedade em geral”, refere.
Visto de perfil, a forma do bloco metálico sugere uma silhueta humana com o tronco direito e a cabeça ligeiramente curva para a frente. “Esta representação evoca uma postura de humildade e respeito perante os nomes dos combatentes do ultramar que perderam a vida em combate. A cabeça inclinada e o corpo direito transmitem um profundo sentimento de homenagem aos combatentes”, acrescenta Ricardo Alves.
A cerimónia de inauguração contou com a presença de representantes dos núcleos de antigos combatentes de Marco de Canaveses e de Penafiel. Na ocasião foram impostas condecorações a António Monteiro Valente, um antigo combatente baionense que escapou com vida à Guerra do Ultramar.