Aposta social do Conselho Diretivo de Tourencinho, em Vila Pouca de Aguiar, criou 60 postos de trabalho. É um exemplo.
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O Conselho Diretivo dos Baldios de Tourencinho conseguiu criar uma dinâmica social nesta aldeia de Vila Pouca de Aguiar que diminuiu o despovoamento, deu resposta aos mais velhos, aos mais novos e criou quase 60 postos de trabalho. É um exemplo de boa aplicação do dinheiro gerado por este tipo de organizações comunitárias, que provém de parques eólicos, venda de madeiras e arrendamento de terrenos para pastorícia. Mas há mais.
Manuel Borges Machado, presidente daquele Conselho, lembra que quando, em 2004, se tomou a decisão de investir no bem-estar da comunidade, reuniram-se os compartes e a decisão foi a de “começar por compor uma igreja nova, todas as capelas e nichos”. Só depois se avançou com a construção de um lar de idosos, que funciona há 10 anos. Hoje já são dois lares e um centro de dia, que empregam 60 pessoas.
Muitas delas são da terra. É o caso de Maria da Luz Carril, de 57 anos. “É muito gratificante trabalhar aqui como auxiliar, até porque o lar fica a cinco minutos a pé de minha casa”, confessa. Sónia Lameira está ali há nove dos seus 50 anos. Colabora no apoio domiciliário. “Adoro aquilo que faço. Este lar foi a melhor coisa que poderia acontecer a Tourencinho”. A colega Sandra Ribeiro, 36 anos, começou no que hoje é centro de dia, há 14. “Na altura foi bom, porque senão teria emigrado”, admite esta mãe de duas crianças.