Para assinalar o Dia Mundial da Diabetes, que se comemora na terça-feira, a Unidade de Endocrinologia Pediátrica do Centro Materno Infantil do Norte, do Centro Hospitalar Universitário de Santo António, no Porto, promove, neste domingo, atividades para crianças e adolescentes com Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1).
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As atividades decorrem entre as 10 e as 13 horas, no Conservatório de Música do Porto, para as cerca de 60 crianças com diabetes atendidas naquela unidade.
O programa inclui a interpretação de "A História do Esquilo Trinca Nozes" pela Escola Ballet Art (10.10 horas), seguindo-se os testemunhos de dois adultos com diabetes (10.20 horas), uma atuação de flauta com músicas da Disney (10.50 horas) e a encenação de palhaços profissionais da Operação Nariz Vermelho (11.30 horas). Haverá, ainda, as palestras "Viver a adolescência com diabetes" (11.45 horas) e "Mitos alimentares na diabetes" (12.30 horas) para os pais.
Segundo Teresa Borges, coordenadora da Unidade de Endocrinologia Pediátrica do Centro Hospitalar Universitário de Santo António e presidente da SPEDP (Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica), a iniciativa visa "partilhar que as crianças com diabetes conseguem levar uma vida normal". No entanto, explica, a diabetes "é uma doença que obriga a uma grande vigilância em termos de monitorização contínua da glicose", sendo necessário medir constantemente os níveis ao longo do dia. "É uma doença que está sempre presente na vida das crianças e dos pais", acrescenta.
Apesar disso, "a diabetes não afeta [as crianças] cognitivamente". "Vão à escola, têm formação musical, praticam desporto e podem fazer tudo aquilo que os outros fazem", conta a coordenadora.
A Diabetes Mellitus Tipo 1 é uma doença autoimune, afetando, sobretudo, "crianças, adolescentes e jovens adultos". O maior número de casos surge em crianças com idades entre os 4 e os 6 anos e adolescentes entre os 10 e os 14 anos.
Tal como explica Teresa Borges, a prevalência da doença em idade pediátrica não está associada a " uma vida sedentária" ou a "erros alimentares". "O doente começa a produzir anticorpos contra o pâncreas", clarifica. O tratamento é feito diariamente, através da injeção de insulina. "Sempre que comem têm que levar uma injeção", esclarece , sublinhando que "o exercício físico e a alimentação saudável" são fundamentais para o sucesso da terapia.
Entretanto, estão exposto na unidade os trabalhos resultantes de um concurso de desenho de crianças com diabetes.