Buscas por Shelber Antunes foram retomadas esta manhã na praia Velha, em Ovar.
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Foram retomadas na manhã desta quarta-feira as buscas pelo jovem de nacionalidade brasileira que ontem desapareceu no mar na praia Velha, em Maceda, Ovar. Shelber Antunes, de 25 anos, residente em Santa Maria da Feira, entrou na água com um amigo cerca das 16.20 horas e, ao contrário do companheiro que conseguiu escapar pelos próprios meios, já não conseguiu regressar à praia. Segundo apurou o JN, Shelber Antunes tem um filho de cinco anos no Brasil.
O alerta às autoridades surgiu por parte de um terceiro amigo que ficara no areal e que entrou em pânico ao ver os dois amigos, no mar, em aflição. As buscas - que começaram de imediato e chegaram a envolver 19 meios, entre aéreos marítimos e terrestres, e mais de 40 operacionais - foram suspensas ao pôr do sol, devido às fracas condições de visibilidade.
Foram retomadas ao início da manhã de hoje com uma embarcação, três motos de água e um helicóptero da Força Aérea, prevendo-se que possa chegar durante a manhã o navio hidrográfico D. Carlos I da Marinha, disse ao JN Vítor Conceição Dias, comandante da Capitania do Porto de Aveiro. A patrulhar o areal estão quatro viaturas todo o terreno da Polícia Marítima.
A vítima de pré-afogamento, após ter saído sozinho da água, acabou por ser transportada para o hospital, para ser observado e para receber apoio psicológico. No areal, o gabinete de psicologia da Polícia Marítima e os psicólogos do INEM prestaram apoio ao terceiro membro do trio, o que havia dado o alerta, assim como a outros amigos que, entretanto, se deslocaram ao local onde decorreram as buscas.
Vítor Conceição Dias reiterou a mensagem que tem vindo a ser veiculada pela Autoridade Marítima Nacional: "Embora estejamos com dias de verão, o mar ainda está de inverno". "Às vezes por desconhecimento, principalmente por parte de pessoas que estão habituadas a águas mais calmas, as pessoas entram no mar a pensar que nada lhes vai acontecer. Mas o mar está com muita força", alertou o comandante da Capitania do Porto de Aveiro.
Na altura do incidente numa praia pouco frequentada, "o mar estava agitado, sem condições para os banhistas" e, "apesar de não ser visível", os dois poderão ter sido traídos por um agueiro (correntes fortes), admitiu hoje ao JN o comandante da Capitania de Aveiro.