Um barco de pesca artesanal abalroou, ontem à tarde, um navio mercante fundeado ao largo do porto de Leixões (Matosinhos). A embarcação de Vila do Conde ficou com a frente destruída e um pescador ficou ferido, mas o seu estado não inspira cuidados de maior.
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Pouco passava das 15 horas, quando o barco de pesca de arrasto “Viana Coentrão” abalroou um navio comercial de grandes dimensões que se encontrava fundeado a cerca de cinco milhas da costa, a aguardar autorização de entrada no porto de Leixões. As razões da colisão estavam a ser apuradas, ao final do dia de ontem, pela Polícia Marítima.
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Alfredo Coentrão, filho do mestre da embarcação de Vila do Conde, não conseguia explicar o que acontecera. Depois de uma noite de faina, estava a dormir no porão, com mais seis tripulantes, quando o estrondo do embate o acordou.
“Vim cá acima a correr e deparei-me com o barco assim”, contou, ao JN, ainda abalado com o acidente. O “assim” era a frente do barco de madeira totalmente destruída, a água a entrar e um tripulante ferido.
Segundo Alfredo Coentrão, para além do mestre da embarcação, havia apenas um tripulante que se encontrava fora do porão. Estava na proa e ficou ferido na sequência do embate.
Foi transportado para o Hospital de Pedro Hispano, em Matosinhos, onde permanecia a fazer exames ao final do dia. Tinha, pelo menos, um traumatismo torácico, mas o seu estado de saúde não inspirava cuidados de maior, apurou o JN junto de fonte hospitalar.
No porto, junto ao barco destruído, familiares e amigos do proprietário do “Viana Coentrão” não escondiam a tristeza, mas preferiram remeter-se ao silêncio.
O alerta do acidente chegou ao piquete da Polícia Marítima cerca das 15.15 horas. Uma chamada anunciava a colisão e informava que o barco acidentado estava a entrar no porto de Leixões com um rombo na proa e água a entrar no casco.
Uma embarcação da estação salva-vidas de Leixões saiu para prestar auxílio, acompanhar a entrada no porto e passar uma bomba de esgoto para ajudar a retirar a água de dentro do Viana-Coentrão, explicou, ao JN, Luís Jimenez, oficial adjunto da Capitania do porto de Leixões.
O navio “Alcione Star”, de dimensões muito superiores ao barco de pesca, não sofreu quaisquer danos. Encontrava-se parado no fundeadouro de Leixões, o local apropriado para aguardar antes de entrar no porto, onde terá atracado ao final do dia.
Tanto o mestre da embarcação de pesca como o comandante do navio foram ouvidos pela Polícia Marítimo para determinar as causas do acidente.
