<p>Cinco homens, pescadores e desempregados, foram ontem, sexta-veira, identificados por suspeitas de participação numa descarga de 2,5 toneladas de pólen de haxixe, em Olhão. Não foram detidos porque não houve flagrante delito.</p>
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A operação da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR de Olhão foi a segunda de combate ao tráfico internacional de estupefacientes desencadeada no Algarve em apenas dois dias. Anteontem a Polícia Judiciária confiscou perto de três toneladas de haxixe, que tinham sido descarregadas numa margem da ria Formosa, em Vila Real de Santo António. Nove homens foram detidos.
A acção da UCC começou a desenhar-se por volta das cinco da manhã. Os operadores dos postos móveis de vigilância nocturna suspeitaram dos movimentos de três embarcações junto à ilha da Culatra e fizeram sair do porto de Olhão uma lancha de fiscalização com militares a bordo. Segundo Azevedo Palhau, da UCC, "os barcos de pesca têm determinadas rotinas e rotas e estes navegavam por canais pouco habituais, o que nos despertou a atenção".
Os suspeitos aperceberam-se da presença dos elementos da UCC e abandonaram dois dos barcos fundeados onde estavam os 77 fardos. Num deles foi encontrada uma arma de calibre 6,35.
Depois, colocaram-se em fuga na terceira embarcação em direcção ao ilhote das Ratas. Aí acabariam por ser interceptados e identificados pela UCC. Os cinco homens, entre os 26 e os 43 anos, são portugueses e residem em Olhão.
"Como não houve flagrante delito foram apenas identificados", justificou o Azevedo Palhau. O responsável diz, no entanto, que "há fortes indícios do seu envolvimento na actividade ilícita. São familiares dos proprietários das embarcações onde foi encontrada a droga e não residem no ilhote."