Bares da Zona Histórica do Porto pedem controlo de consumo de álcool na noite de 31
A Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP) pediu esta sexta-feira maior fiscalização do consumo de bebidas alcoólicas por parte de menores na noite de passagem de ano, quer na via pública quer em espaços de animação noturna.
Corpo do artigo
"A Passagem de Ano é, para muitos adolescentes, a primeira incursão na animação noturna, assim como em certos vícios, seja pela euforia da época, ou por más influências", refere a associação em comunicado.
Recordando notícias recentes sobre o consumo de bebidas alcoólicas por menores, a ABZHP considera que tal "só acontece por culpa da atual legislação, a qual não tem qualquer eficácia, aliás, tal já acontecia com a lei anterior que proibia a menores de 16 anos".
"A Associação de Bares da Zona Histórica do Porto recomenda às autoridades que não deixem de fiscalizar o consumo de bebidas alcoólicas na via pública, onde os menores recorrem ao fenómeno do «bottelon»", pediu esta sexta-feira a ABZHP que "também sugere o "aperto" aos empresários que não cumpram a lei vigente, seja na venda das bebidas a menores, como também na segurança e higiene".
A Associação quer que "os empresários tenham clientes para o futuro e não para o momento, como acontece, sempre neste período por parte de empresários sem escrúpulos, os quais não olham a meios para atingir os seus fins, colocando em causa um setor de relevância capital para a economia nacional".
Indica ainda que "a cidade do Porto reúne todas as condições para uma Passagem de Ano bem animada, com espaços a oferecerem bons serviços a custos acessíveis a todas as bolsas, preços a variarem entre cinco euros e 50 euros com jantar), basta percorrer as ruas da cidade e verificar a diversidade de conceitos (espaços alternativos) disponíveis para proporcionar uma excelente entrada em 2018".
ASAE apenas consegue identificar 12 jovens por mês a ingerir bebidas alcoólicas em locais públicos
Segundo noticiou o Público na passada semana, a legislação que proíbe a venda e consumo de álcool a menores de 18 anos já tem quase dois anos e meio, mas a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apenas consegue identificar, em média, 12 jovens por mês a ingerir bebidas alcoólicas em locais públicos.
No entanto, este ano (até 15 de novembro), o número de menores identificados nestas circunstâncias está a aumentar ligeiramente face a 2016 (133, quando em todo o ano passado foram 108).